O filme retrata a figura histórica de William Wallace, guerreiro, patriota escocês e herói medieval. O realizador tenta conferir ao protagonista uma faceta mais romântica e idealista e menos sanguinária.
A ação situa-se em finais do século XIII, tempo em que os rebeldes escoceses lutavam contra o domínio do rei inglês Eduardo I.
Depois de, ainda criança, ter assistido à morte de seu pai às mãos do exército inglês, William é acolhido por um tio que lhe dá uma educação esmerada e erudita. Depois de percorrer o mundo, volta à sua Escócia natal e apaixona-se por uma jovem camponesa. Para escapar à deliberação real de que um senhor feudal inglês tinha direito a dormir com uma noiva no dia do seu casamento (direito de prima nocte), contraem matrimónio secretamente. Contudo, a sua mulher é morta por um nobre inglês e, no decorrer da vingança, Wallace assume o comando de um pequeno exército de camponeses com o intuito de lutar pela soberania da Escócia. Chega mesmo a derrotar o poderoso exército inglês na Batalha de Stirling Bridge, mas fracassa em conseguir o apoio dos nobres líderes dos clãs escoceses mais interessados em manter as suas regalias junto da coroa inglesa.
Apesar da ajuda da Princesa Isabelle, nora do rei inglês, Wallace é traído pelos nobres escoceses e é aprisionado pelos ingleses. É torturado e executado em praça pública sem nunca renegar a legitimidade da sua luta.
- A Batalha de Stirling Bridge é mostrada no filme sem citar ou mostrar a ponte, que era o objetivo estratégico e cuja posse garantiu a vitória dos escoceses na batalha. As táticas mostradas se assemelham mais à Batalha de Falkirk.
- Durante o filme, em algumas cenas, aparecem gaitas de fole escocesas (Great Highland Bagpipes), porém o som que é escutado é o som da gaita de fole irlandesa (Uilleann Pipes). Toda a trilha sonora também é produzida com a Uilleann Pipe, embora o filme se passe na Escócia.
- Há a insinuação de que Wallace e a Princesa Isabelle tiveram um relacionamento amoroso, e que o filho dela (que futuramente seria o Rei Eduardo III) seria filho de Wallace, e não do Príncipe de Gales. No entanto, seria impossível que isso tivesse acontecido, pois Isabelle só entrou na família real britânica em 1308, três anos depois de Wallace ter sido morto, em 1305, de modo que os dois jamais se conheceram.
- No filme, o Rei Eduardo I estava muito doente, à beira da morte, ao mesmo tempo em que Wallace era executado em praça pública. Na verdade, Eduardo I morreu somente em 1307, ou seja, dois anos após a execução de Wallace.
- Um dos aspectos mais bem sucedidos deste filme é constituído pelas cenas de batalha extraordinariamente bem sincronizadas e organizadas, envolvendo milhares de figurantes, embora com algumas falhas.
- Muitas das cenas de batalha tiveram que ser refeitas porque os figurantes estavam usando óculos escuros ou relógios de pulso.
- O nome da esposa de Wallace na vida real era Marian, mas ele foi trocado no filme para evitar confusão com a personagem do filme Robin Hood: Prince of Thieves, que tinha o mesmo nome.
- Membros da família Wallace na vida real participaram das filmagens como figurantes, e o diretor Mel Gibson ficou com eles durante o período das filmagens para aprender mais sobre sua história.
- Apesar de Gibson ter "americanizado" a figura histórica de Wallace atribuindo-lhe diálogos absolutamente impensáveis para a época medieval, o filme caiu nas boas graças do público e especialmente dos críticos.
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