domingo, 23 de janeiro de 2011

História da Wicca


Wicca é uma palavra do inglês arcaico que quer dizer "bruxo" (plural: wicce). Há quem diga que seu significado é "sábio", mas isso não corresponde à verdade.

A palavra tem sua origem na raiz indo-européia "wikk-", significando "magia", "feitiçaria". O nome Wicca é o mais usado para denominar essa religião. Ela também é conhecida como Bruxaria, Feitiçaria, Antiga Religião e Arte dos Sábios, ou simplesmente, a Arte.

As origens da Bruxaria remontam à aurora da humanidade. As crenças começaram a tomar forma no Paleolítico, há aproximadamente vinte e cinco mil anos. Neste período, o ser humano era nômade e suas principais fontes de subsistência eram a caça e a coleta. Tudo era misterioso para o homem e a mulher do paleolítico: o trovão, o sol, a escuridão... Para eles, o mundo era um lugar perigoso, cheio de forças que deveriam ser temidas, respeitadas e reverenciadas. Com o tempo, a idéia das forças foi evoluindo para a idéia de Deuses.

Um dos primeiros e, seguramente, o mais importante Deus primitivo a surgir foi o Deus de Chifres. Para que o clã nômade sobrevivesse, uma das principais atividades era a caça: dela provinham carne para alimentar-se, peles para vestir-se, ossos e chifres para fazer instrumentos. Assim, tomou forma na mente do ser humano primitivo a idéia de um Deus das Caçadas, dotado de chifres, símbolo de seu poder. Alguns membros do clã iniciaram a prática de atividades de caráter mágico-religioso, compostos por um elemento religioso (esboços de rituais e mitos dedicados à adoração do Deus de Chifres, forças da natureza e espíritos dos antepassados) e por um elemento mágico (práticas que tentavam atrair a benevolência destas divindades e espíritos, a fim de manipulá-las para interesses práticos do clã). Neste momento estava se delineando algo que se assemelhava muito a grosso modo com uma classe sacerdotal. Estes "sacerdotes" realizavam ritos do que hoje é denominado magia simpática, ou seja, práticas baseadas na atração dos semelhantes. Pintavam-se cenas de membros do clã vencendo e abatendo animais cobiçados, para garantir o sucesso da próxima caçada. Miniaturas destes mesmos animais eram confeccionadas, em osso, chifre ou barro, e então simulava-se sua caça e abate. Estes ritos eram geralmente dirigidos por um destes "sacerdotes", geralmente usando a primeira de todas as túnicas: peles de animais e uma máscara dotada de chifres.

Em Trois Frères, na França, existe uma pintura de doze mil anos, conhecida como "Le Sorcière" ("O Feiticeiro"). é a figura de um homem vestido de peles, com cauda e chifres de cervo. A sua volta, paredes cobertas por pinturas de animais em caçadas. A seus pés, uma saliência na rocha, constituindo um altar. Mas as caçadas não eram a única coisa que fazia o clã sobreviver. Havia um Mistério: o da fertilidade. O clã precisava continuar. De tempos em tempos, a barriga das mulheres crescia, e, ao fim de algumas luas, delas surgia um novo membro da tribo, pequeno, mas que crescia com o passar do tempo. Os animais também tinham filhotes, e isso garantia o alimento das futuras gerações. A chave de todo esse Mistério era a mulher, aquele enigmático ser que, se já não bastasse ser a única responsável pela continuação da tribo (ainda não havia a consciência da participação do homem na reprodução), também alimentava as crianças com leite de seu próprio corpo. Além disso, aquela criatura mágica vertia sangue de dentro de seu corpo em algumas ocasiões, mas mesmo assim não morria.

Todas estas constatações deram origem ao surgimento de uma Deusa da Fertilidade, uma Grande Mãe. Figuras pré-históricas desta Deusa são incontáveis. Uma das mais famosas é a Vênus de Willendorf: seu corpo parece uma grande massa disforme da qual se destacam um gigantesco par de seios e uma proeminente barriga grávida. Ela não tem pés nem braços, e seu rosto está coberto. Estas características são comuns a várias outras "Vênus" pré-históricas, e se devem à ênfase que o ser humano primitivo dava ao aspecto de fertilidade da mulher.

A Deusa era a Grande Mãe Natureza, fonte de toda a vida. Com o tempo, os homens foram se conscientizando de seu papel na reprodução, e o aspecto de fertilizador passou a ser mais um dos atributos do Deus de Chifres. Ele tornou-se filho da Deusa, pois dela era nascido, e também seu amante, pois a fertilizava para que um novo ser surgisse. A partir desta concepção, novos ritos foram adicionados às práticas mágico-religiosas, onde esculpiam-se ou pintavam-se animais ou humanos copulando, e todo o clã entregava-se ao ato sexual, já tendo recebido a graça dos Deuses.

No Neolítico, o ser humano desenvolveu a agricultura, e começou a formar aldeias e povoados. Com a descoberta das técnicas de plantio, a Deusa assumiu maior importância, passando a acumular também o aspecto de guardiã da colheita. O Deus de Chifres começou a ganhar uma nova face, a de alegre Deus das Florestas, protetor dos animais e criaturas dos bosques. Quando o homem adquiriu a noção das estações do ano, esboçaram-se as primeiras idéias sobre a Roda do Ano.

Havia um período quente e fértil, onde realizavam-se as colheitas e a natureza mostrava todo seu esplendor. Neste período, reinava a Deusa. Depois as folhas secavam e caíam e tudo parecia estar morto. O povo voltava a depender da caça para sobreviver, pois não podia viver só dos alimentos armazenados. Quem regia este período era o Deus das Caçadas, que também adquiria seu novo aspecto de Sombrio Senhor da Morte (nesta época nasceram também os primeiros conceitos sobre a vida após a morte). Surgiram então os primeiros mitos sobre a descida da Deusa ao mundo subterrâneo que, séculos mais tarde, tomaria forma definitiva na Grécia, com o mito de Perséfone, e na Mesopotâmia, com a lenda de Ishtar.

As culturas desenvolveram-se com o passar dos séculos, e novos aspectos dos Deuses foram descobertos. Cultos religiosos se estruturaram, centrados nos ciclos e nascimento, morte e renascimento da natureza. O tempo da plantação e o tempo da colheita eram muito importantes, marcados com festividades, assim como o período do recolhimento do gado e a época de sua liberação ao pasto. Nestas datas, juntamente com as de mudanças de estação, realizavam-se encenações de mitos nos quais um Deus Velho morria para um Deus Jovem nascer, representando a morte da antiga colheita e o nascimento de uma nova.

Estes cultos possibilitaram o refinamento da classe sacerdotal, que chegou ao requinte de gerar representantes como os druídas, sacerdotes celtas que encantaram os gregos e romanos com sua profunda filosofia e integração com a natureza. Sua erudição era admirável, e acumulavam funções como a de legisladores, médicos, poetas, bardos e guardiões da tradição oral. Na Grécia Antiga, floresceram os Cultos de Mistério, dos quais deve destacar-se os Ritos de Elêusis e os Mistérios órficos. Também foram de grande importância os cultos dionisíacos. Deve-se ter em mente que estas são linhas gerais do início da bruxaria, que confunde-se com o surgimento das primeiras manifestações religiosas humanas.

O que foi relatado acima aconteceu, em épocas diferentes, nos mais variados lugares. é verdade que nem tudo ocorreu exatamente da mesma maneira em todos os lugares: enquanto no Crescente Fértil da Mesopotâmia nasciam avançadas civilizações, na Europa ainda vivia-se de caça e coleta. Mas o que impressiona e é importante não são as diferenças, e sim as semelhanças dos primeiros esboços de religião.

Wicca

Da mágia a sedução

A Wicca é uma religião em que não existem livros sagrados, nem profetas a justificá-los, hierarquia ou dogmas. Não faz apelo a uma fé única e exclusiva, não tem mandamentos e promove acima de tudo o respeito e a diversidade. Não é também um sincretismo religioso porque vários sincretismos são possíveis. é uma escolha pessoal para aqueles que sentem que a sua percepção do sagrado não só não se enquadra nos esquemas tradicionais como é algo demasiado individual para se sujeitar a conjuntos de regras e crenças que outros determinaram.

As poucas regras existentes na Wicca têm um caráter essencialmente funcional e são vistas não como mandamentos de qualquer divindade ou profeta iluminado, mas como simples normas de relacionamento entre pessoas que partilham interesses comuns. São apenas alguns princípios genéricos ligados a valores ecológicos e individuais de largo consenso e à liberdade de expressão da religiosidade como é sentida e recriada por cada um. O seu espírito está bem patente na regra básica "Faz o que quiseres desde que não faças mal", a única regra que todos os membros da Wicca procuram seguir.

A Wicca tem a sua maior implantação nos países anglo-saxônicos, onde a longa tradição democrática e o Protestantismo permitem um maior individualismo - chamando a estes praticantes de Bruxos Solitários. E para além das práticas individuais, os wiccanos agrupam-se em pequenos núcleos, tradicionalmente de 13 pessoas - ao qual chamamos de Coven. Cada Coven possui as suas regras e tradições; e ainda podem juntar-se em grandes encontros. Nestes encontros estendem-se ao campo religioso os princípios de liberdade de expressão e de associação já há muito aplicados em outros setores da sociedade. Ao contrário de outras religiões e de outras organizações, não existe aqui uma estrutura hierárquica nem uma autoridade central.

Os wiccanos recomendam àqueles que buscam a Arte, que aceitem esses poucos princípios básicos:

 Nós praticamos ritos para nos alinharmos ao ritmo natural das forças vitais, marcadas pelas fases da Lua, e aos feriados sazonais.

 Nós reconhecemos que nossa inteligência nos dá uma responsabilidade única em relação a nosso meio ambiente. Buscamos viver em harmonia com a Natureza, em equilíbrio ecológico, oferecendo completa satisfação à vida e à consciência, dentro de um conceito evolucionário.

 Nós damos crédito a uma profundidade de poder muito maior que é aparente a uma pessoa normal. Por ser tão maior que ordinário, é às vezes chamado de "sobrenatural", mas nós o vemos como algo naturalmente potencial a todos.

 Nós vemos o Poder Criativo do Universo como algo que se manifesta através da Polaridade - como masculino e feminino - e que ao mesmo tempo vive dentro de todos nós, funcionando através da interação das mesmas polaridades masculina e feminina.

 Não valorizamos um acima do outro, sabendo serem complementares.

 Nós reconhecemos ambos os mundos exterior e interior, ou mundos psicológicos - às vezes conhecidos como Mundo dos Espíritos, Inconsciente Coletivo, Planos Interiores, etc. - e vemos na interação de tais dimensões a base de fenômenos paranormais e exercício mágico.

 Não negligenciamos qualquer das dimensões, vendo ambas como necessárias para nossa realização.

 Nós não reconhecemos nenhuma hierarquia autoritária, mas honramos aqueles que ensinam, respeitamos os que dividem maior conhecimento e sabedoria, e admiramos os que corajosamente deram de si em liderança.

 Nós vemos religião, mágica, e sabedoria como sendo unidas na maneira em que se vê o mundo e se vive nele - uma visão de mundo e filosofia de vida, que identificamos como Bruxaria ou o Caminho Wiccano.

 Chamar-se "Bruxo" não faz de você um Bruxo - assim como a hereditariedade, ou a coleção de títulos, graus e iniciações.

 Um Bruxo busca controlar as forças interiores, que tornam a vida possível, de modo a viver sabiamente e bem, sem danos a outros e em harmonia com a Natureza.

 Nós reconhecemos que é a afirmação e satisfação da vida, em uma continuação de evolução e desenvolvimento da consciência, que dá significado ao Universo que conhecemos, e a nosso papel pessoal dentro do mesmo.

 Nossa única animosidade acerca da Cristandade, ou de qualquer outra religião ou filosofia, dá-se pelo fato de suas instituições terem clamado ser "o único verdadeiro e correto caminho", e lutado para negar liberdade a outros, e reprimido diferentes modos de prática religiosa e crenças.

 Não nos sentimos ameaçados por debates a respeito da História da Arte, das origens de vários termos, da legitimidade de vários aspectos de diferentes tradições.

 Somos preocupados com nosso presente e com nosso futuro.

 Nós não aceitamos o conceito de "mal absoluto", nem adoramos qualquer entidade conhecida como "Satã" ou "o Demônio" como defendido pela Tradição Cristã.

 Não buscamos poder através do sofrimento de outros, nem aceitamos o conceito de que benefícios pessoais só possam ser alcançados através da negação de outros.

 Trabalhamos dentro da Natureza para aquilo que é positivo para nossa saúde e bem estar.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mágia Universal

Definição de Magia Universal: ato de manipular energias espirituais, utilizando-se de toda e qualquer forma de Magia existente, independente de sua origem, através de objetos de qualquer natureza, ações ou reações, com objetivo de alcançar desejos próprios ou de terceiros;
Objetivos na Magia Universal: auto-conhecimento, auto-controle, elevação espiritual e intelectual, equilíbrio social e emocional, dominar seu próprio destino, tanto no Mundo Carnal quanto no futuro Mundo Espiritual;
Código de Ética da Magia Universal: sinceridade, verdade, humildade, respeito aos seus fundamentos e práticas religiosas e aos demais segmentos religiosos independente de sua origem, respeito à todo ser humano ou espiritual independente de sua posição social, raça ou crença; Proteger os fundamentos secretos da Magia Universal e a todos ligados à ela, direta ou indiretamente quando assim solicitarem sigilo; Não influenciar terceiros em sua decisão de iniciar-se ou não na Magia Universal;
Em qualquer momento que citamos o sujeito como masculino, também serve para o feminino, ou seja, qualquer degrau da Magia Universal, pode ser ocupado tanto por homens quanto por mulheres, independente de sua cor, raça, ocupação social ou opção sexual.
Nesta doutrina religiosa, os adeptos são conhecidos como:
Mestre: aquele que é chefe de seu Clã, ou seja, o Mago; Discípulos: aqueles que seguem as orientações e ensinamentos de seu Mestre. O Mestre chama todos os integrantes de seu Clã de discípulos, jamais chama-os de “filhos”. Os Discípulos chamam o Mago do Clã de Mestre, jamais de Pai ou Mãe; Não existem padrinhos ou madrinhas, apenas testemunhas de Ritual; Não existem beijos nas mãos como “pedido de benção”, a forma de saudação entre os integrantes, independente de seu degrau, é um aperto de mão estendido, ou seja, a mão de um aperta o antebraço do outro; Em virtude de não haver o tratamento e simbolismo de “família” dentro da Magia Universal, podem existir relações de qualquer natureza entre seus integrantes, Discípulos com Discípulos e Discípulos com Mestre;
, a pessoa renasce espiritualmente e recebe um nome pelo qual será chamada e conhecida no mundo da Magia e, todo seu passado religioso será zerado, ou seja, permanecerá somente o conhecimento e qualquer material ligado ao passado será desfeito e despachado em locais específicos; A pessoa terá apenas uma Entidade, a qual é chamada de Guardião; Esta Entidade poderá ser uma das Entidades que já acompanhavam a pessoa, independente se havia incorporação ou, poderá escolher qualquer Entidade como Guardião;
O Guardião, mesmo que já tenha vindo de outro segmento religioso, receberá um novo nome, o qual será pronunciado apenas pelo seu possuidor e seu Mestre, para as demais pessoas do Clã ou terceiros, o Guardião é chamado pelo seu nome tradicional;
Observação: caso o Guardião seja de origem da Umbanda, Nação ou Candomblé, seu possuidor poderá continuar incorporando com as Entidades que já incorporava, se assim as mesmas desejarem; No caso do Guardião ser de origem Quimbanda, não haverá incorporação de outras Entidades; No caso do Guardião ser de origem fora destes segmentos citados acima, a incorporação ficará por conta das Entidades; Contudo, a tendência é do Guardião ocupar todos os espaços e, mesmo que seja aos poucos, fazer com que as demais Entidades não incorporem ou percam o interesse na incorporação;
Nos Rituais dentro da Magia, independente do que está sendo feito, o Guardião poderá estar presente, pois agora ele esta transformado em outra Entidade, em uma vibração totalmente neutra, seu nome tradicional é apenas um ponto de referência de como ele é, contudo, não importa a origem tradicional do Guardião, este se portará de forma adequada ao Ritual que está sendo executado, sem agredir as origens e sem desrespeitar os fundamentos das Raízes que estão trabalhando no momento; Na Magia Universal, pode-se efetuar Trabalhos e Rituais derivados de qualquer segmento religioso, contudo, o início, meio e fim do Trabalho ou Ritual deve ser pelos fundamentos da Magia Universal, visando não desrespeitar sua origem;
Na Magia Universal, seus adeptos são divididos em três categorias, assim como segue:
Iniciado:
a) apenas acompanha seu Mestre pelo tempo que julgar necessário ou, b) recebe conhecimento de imediato para começar sua trajetória dentro da Magia Universal, de forma independente. Tratando-se da letra “b“, este Iniciado recebe conhecimento para agir e reagir apenas dentro dos Fundamentos da Magia Pura, não receberá conhecimentos de Rituais de Corte ou Toque de outros segmentos religiosos. Contudo, com o passar do tempo, poderá receber este conhecimento, que será comprovado mediante Declarações de seu Mestre.
Mago:
após auto-análise do Iniciado ou, por intimação de seu Mestre, este será elevado ao posto de Mago em Ritual específico e, receberá Certificado de seu Mestre; Este terá conhecimentos, teóricos e práticos, em todas as formas de magia, independente de sua origem. Contudo, desde sua iniciação até sua elevação à Mago, recebe conhecimento de seu Mestre, apenas de como iniciar e encerrar Rituais da Magia Universal e não dos demais seguimentos religiosos. Este conhecimento o iniciado já possui pela sua trajetória religiosa ou irá buscar por meios próprios ou, com seu Mestre, o qual fornecerá Declaração sobre o que foi ensinado; O Mago poderá ter conhecimento para praticar rituais e trabalhos espirituais, de origem da Nação, Candomblé, Vodu, Umbanda e Quimbanda, com exceção de: iniciar pessoas nestes segmentos, realizar o Aprontamento de Sacerdotes, bem como não tem o direito de preparar e entregar Axés de Faca, Axés de Búzios, Aprontamento, Re-Aprontamento, Afirmação de Sacerdote, Assentamentos de Entidades, feitura de algo que a pessoa ainda não possua ou emitir Certificados de Aprontamento; Para os Magos cujo Guardião tenha como origem a Umbanda, esta exceção não se aplica no caso de Umbanda e, quando o Guardião tem como origem a Quimbanda, esta exceção não se aplica para Quimbanda;
Grão-Mago:
após auto-análise do Mago, além destes dois degraus de elevação já percorridos, terá mais nove degraus de elevação para tornar-se Grão-Mago, cada um dos nove degraus seguintes, após elevação à Mago, serão repassados um por vez pelo Mestre e, a cada degrau conquistado, receberá um Certificado de seu Mestre;
Após a elevação do Iniciado à Mago, este se desejar, pode desligar-se totalmente de seu Mestre, pois possui independência espiritual suficiente para manter-se e manter seus discípulos; Contudo, somente poderá elevar-se aos próximos degraus com acompanhamento de um Mestre, o qual irá fornecer informações sobre o próximo degrau e como proceder em todas as etapas do Ritual, acompanhará o resultado e fornecerá o Certificado de conquista de determinado degrau;

Como meio de previsão

Do presente, passado e futuro, bem como comunicação indireta com Entidades, Anjos, Demônios ou Espíritos, o Iniciado ou Mago tem o Portal chamado “Pandora”. Esta pode ser nas seguintes formas: Cartas: uma única figura e os mesmos símbolos em todas as Cartas, contudo, em cada uma delas possui um conjunto de letras cujo significado é individual e, dois objetos recheados com fundamentos secretos; Espelho: Inúmeros símbolos, desenhos e conjuntos de letras que podem ser desenhados com tinta especial em couro ou, gravados em pedra ou, talhados em madeira ou, moldados em barro ou, gravados em chapa de metal ou, bordados em tecido; Também acompanhado de dois objetos recheados com fundamentos secretos e, outros objetos pequenos que serão lançados sobre Pandora, podendo estes serem de livre escolha de seu futuro possuidor. Citamos alguns exemplos: pedras, conchas, moedas, ossos, búzios, objetos confeccionados sob medida, etc. Seja qual for a forma de Pandora, sempre que for aberta, estará acompanhada de uma vela de sebo ou carnaúba e de um copo com líquido que pode variar dependendo do possuidor; A qualquer momento, o Mago poderá fazer atualização dos conjuntos de letras de sua própria Pandora e de seus Discípulos, contudo, nada poderá ser retirado, somente acrescentado;
No momento da Iniciação ou de elevação de Iniciado para Mago, seu Mestre irá abrir um “Domínio” para esta pessoa; O Domínio é um espaço reservado, em forma de círculo que pode ser abaixo ou acima da terra; De acordo com o local onde será erguido, será o material e a forma como será erguida a parede; Dentro deste Domínio, estarão: Firmação Material de seu Guardião, ferramentas de inúmeros tipos e formas, objetos secretos, Firmação de Espíritos menores e no mínimo um Espírito considerado forte para comandar os menores; O Domínio pode ser em qualquer parte da casa, apartamento ou terreno, não sendo aconselhável abrir um Domínio em local alugado; O local onde se encontra o Domínio, ou seja quarto ou construção separada da casa, também é chamado de Domínio; A Raiz do Domínio é baseado nos seguintes fundamentos: Alta e Baixa Magia, Magia Negra, Culto às Almas de Jongo, Vodu Haitiano, Candomblé das Nações: Angola, Ketu, Efãn, Jeje e Xambá. Culto à Egungun, Nação, Umbanda e Quimbanda;
As ferramentas trabalho do Iniciado (quando for o caso) ou o Mago, são:
Livro: representa a sabedoria; Nele são escritos fundamentos, inúmeras formas de Rituais, tratados, pactos, receitas de trabalhos de magia e feitiços; o idioma varia conforme a importância, significado ou tipo de assunto, pode ser em hebreu, latin, português ou símbolos de significados importantes dentro da Magia; Chicote: representa o poder dominador; Pode ser de qualquer material, mas a preferência é todo de couro; Espada: representa o poder de defesa e ataque; Pode ser de qualquer metal e, o tamanho pode variar, desde pequena como usadas por antigos soldados romanos como grandes utilizadas nas forças armadas atuais; Corda: representa o poder de segurança, apoio e auto-controle; pode ser de qualquer material e deve dar duas voltas na cintura; A mesma é utilizada para apoiar a espada na cintura; Anel: representa a nobreza; Pode ser de qualquer metal, o mais indicado é que seja de prata e que possua uma ou mais pedras; Cores indicadas de pedras: preta, vermelha, branca ou verde; Faca ou punhal: sem representação; Utilizada para diversos fins, o cabo sempre na cor branca, independente do material; Adja: não faz parte das ferramentas, contudo, se for do interesse do Iniciado ou Mago, poderá utilizar este instrumento em alguns Rituais; Pode-se utilizar tantos Adjas quanto desejar desde que o número de “bocas cantando”, somadas, não tenham uma quantia par;
Não existem trajes obrigatórios para a prática da Magia Universal. O indicado é que, dependendo do Ritual, use-se roupas totalmente pretas ou totalmente brancas. Existem cores específicas para cada propósito, mas isto fica a critério individual;
Dias de trabalho:
Os Iniciados, Magos e Grão-Magos, bem como seus Guardiões, podem efetuar qualquer tipo de trabalho ou ritual, independente do dia e horário com exceção de: primeiro domingo de cada mês e os altos da Lua Minguante, ou seja, os dias que ficam entre o primeiro dia e o último dia da Lua Minguante; Nos dias considerados exceções, também chamados de “dias proibidos”, nada é feito dentro da Magia, por menor que seja e, caso o Guardião incorpore no Iniciado, Mago ou Grão-Mago, este não irá manifestar-se nestes dias;
Todos os Iniciados serão ensinados que devem buscar conhecimento sobre as Leis Estaduais e Municipais de onde quer que venham à trabalhar, que devem realizar seus Rituais e Trabalhos de forma que não agrida a natureza ou se for impossível, agir de forma que menos agrida a natureza; Receberão também, conhecimento de que as vias públicas devem ser utilizadas apenas em casos inevitáveis e de extrema emergência e, de que não devem utilizar materiais de vidro, barro, plástico, papel ou material de grande porte, assim como é totalmente contra os Fundamentos e Práticas da Magia Universal sacrificar ou despachar animais em vias públicas;

Prática da Mágia

A prática da magia requer o aprendizado (pelo iniciado, pelo xamã, pelo sacerdote, etc.) de diversas técnicas de autocontrole mental, como a meditação e a visualização. Franz Bardon, proeminente mago do século XX, afirmava que tais exercícios tem como objetivo equilibrar os quatro elementos presentes na psique do mago, condição indispensável para que o praticante pudesse se envolver com energias mais sutis, como a evocação e a invocação de entidades, espíritos e elementais (seres da Natureza), dentro de seu círculo mágico de proteção. Outras práticas mágicas incluem rituais como o de iniciação, o de consagração das armas mágicas, a projeção astral, rituais festivos pagãos de celebração, manipulação de símbolos e outros com objetivos particulares.

A magia contemporânea encontra raízes no trabalho de iniciados como Eliphas Levi e Papus. A Teosofia, ou a moderna Teosofia, tem como um de seus fundadores Helena Petrovna Blavatsky, que foi buscar no oriente a fonte de seu importante sistema filosófico. Este sistema não se apresenta exatamente como os sistemas utilizados pelos estudiosos de magia, mas, antes, pretende transmitir o conhecimento esotérico universal que estaria contido em toda e qualquer tradição filosófica ou religiosa. Blavatsky considera, por exemplo, que todos os homens são magos no sentido último da palavra, pois todos podem utilizar o divino poder criador, seja através do pensamento, palavra ou ação.

Aos Meus Futuros Seguidores!

Bem vindos!!
Ao Meu mundo, e das coisas que mais admiro,Mágia pra mim é Paixão e Facinação

Magia (não confundir com mágica ou truque) antigamente chamada de Grande Ciência Sagrada pelos Magos, é uma ciência oculta que estuda os segredos da natureza e a sua relação com o homem, criando assim um conjunto de teorias e práticas que visam ao desenvolvimento integral das faculdades internas espirituais e ocultas do Homem, até que este tenha o domínio total sobre si mesmo e sobre a natureza. A magia tem características ritualísticas e cerimoniais que visam entrar em contato com os aspectos ocultos do Universo e da Divindade. A etimologia da palavra Magia, provém da Língua Persa, magus ou magi, que significa sábio. Da palavra "magi" também surgiram outras tais como "magister", "magista", "magistério", "magistral", "magno", etc. Também pode significar algo que exerce fascínio, num sentido moderno, como por exemplo quando se fala da magia do cinema.
Há registros de práticas mágicas em diversas épocas e civilizações. Supõe-se que o caçador primitivo, entre outras motivações, desenhava a presa na parede da caverna antevendo o sucesso da caça. Posteriormente adquiriu o ritual de enterrar os mortos e nomeou as forças da natureza que desconhecia, dando origem à primeira tentativa de compreensão da realidade, o que chamamos de mito.
Segundo o Novo Testamento bíblico, por exemplo, são três magos os primeiros a dar as boas vindas a Jesus recém-nascido. No Velho Testamento, há a disputa mágica entre Moisés e os Magos Egípcios. Nos Vedas, no Bhagavad Gita, no Alcorão, nos diversos textos sagrados existem relatos similares.
Praticamente todas as religiões preservaram suas atividades mágicas ritualísticas, que se confundem com a própria prática religiosa - a celebração da Comunhão pelos católicos, a incorporação de entidades pelos médiuns espíritas, a prece diária do muçulmano voltado para Meca ou ainda o sigilo (símbolo) do caboclo riscado no chão pelo umbandista.
Os antigos acreditavam no poder dos homens e que através de magia eles poderiam comandar os deuses. Assim, os deuses são, na verdade, os poderes ocultos e latentes na natureza.
Durante o período da Inquisição, os magos foram perseguidos, julgados e queimados vivos pela Igreja Católica, pois esta acreditava que a magia estava relacionada com o diabo e suas manifestações.
A magia, segundo seus adeptos, é muitas vezes descrita como uma ciência que estuda todos os aspectos latentes do ser humano e das manifestações da natureza. Trata-se assim de uma forma de encarar a vida sob um aspecto mais elevado e espiritual. Os magos, utilizando-se de atividades místicas e de autoconhecimento, buscam a sabedoria sagrada e a elevação de potencialidades do ser-humano.
A magia é também a ciência de simpatia e similaridade mútua, como a ciência da comunicação direta com as forças sobrenaturais, um conhecimento prático dos mistérios ocultos na natureza, intimamente relacionada as disciplinas ditas ocultas, como o hermetismo do antigo Egito, como a Alquimia, a Gnose, a Astrologia. Para Aleister Crowley, é "a arte de provocar mudanças a partir da vontade" No final do século XIX ressurgiu, principalmente após a publicação do livro A Doutrina Secreta, de Helena Petrovna Blavatsky e pela atuação da Ordem Hermética do Amanhecer Dourado (Hermetic Order of the Golden Dawn), na Inglaterra, que reviveu a magia ritualística e cerimonial.